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Cirurgia bariátrica ou cirurgia metabólica? Entenda o porquê os cirurgiões sugerem não usar mais o termo cirurgia bariátrica

Quando o melhor tratamento com remédios e modificações de comportamento do indivíduo falham na perda de peso, a cirurgia é a mais indicada. O termo 'bariátrica', como já publicamos há algum tempo, deve ser deixado de lado, porque as intervenções no tubo digestivo, além de levar o indivíduo a uma perda considerável de peso, também levam à redução nas taxas e controle de doenças metabólicas, que são associadas à obesidade, como: diabetes tipo 2, hipertensão e colesterol e triglicérides elevados. Sendo assim, consideramos que o termo mais adequado, tanto para o indivíduo que busca a cirurgia para perda de peso ou redução das taxas das doenças associadas seja "cirurgia metabólica", e, mais tarde, essa nomenclatura migre para "Cirurgia de Ganho de Vida", pois essa intervenção proporciona ao paciente ganho de vida e o levam a qualidade de vida elevada

Qual a diferença entre cirurgia bariátrica e metabólica?

As técnicas cirúrgicas regulamentadas pelo Conselho Federal de Medicina são as mesmas, porém a derivação gástrica em Y de Roux (bypass gástrico) é a operação de primeira escolha para a cirurgia metabólica pelo seu perfil de pequenos riscos e muitos benefícios, mesmo a longo prazo.

Bem, se os procedimentos são parecidos, qual a diferença? Não é difícil de entender. A aspirina, remédio comum domiciliar, pode ser usada, dependendo de sua dose como analgésico e por uma dose menor é usada para “afinar” o sangue e usada para prevenção de eventos coronarianos. Portanto, a principal diferença está na indicação da cirurgia e principalmente nos resultados que desejamos. Claro que existem doenças que se beneficiam muito da perda de peso, como as hérnias de disco da coluna e doenças das articulações, por isso continuarão a existir as indicações cirúrgicas para perda de peso.

Finalmente, todas as evidências científicas apontam para o caminho que mostra que a cirurgia metabólica brevemente será incorporada no arsenal terapêutico para o paciente diabético não controlado pelo melhor tratamento clínico e com risco cardiovascular aumentado.

A cirurgia bariátrica / metabólica tem riscos?

Como todo processo cirúrgico tem seus riscos e suas vantagens e, obviamente, a cirurgia bariátrica/metabólica como opção de tratamento para a obesidade só é indicada, quando as vantagens ganham de longe das desvantagens. Lembramos que qualquer tratamento, mesmo o medicamentoso, tem o seu risco. A cirurgia metabólica é um procedimento seguro e eifcaz em longo prazo, relatado em muitos estudos científicos. Portanto, a cirurgia metabólica é menos arriscada do que a obesidade e suas doenças associadas, como diabetes, insuficiência renal e doenças cardiovasculares.

Qual a quantidade de peso necessária que tenho que perder para ter melhora no diabetes?

A perda de peso acima de 20%, após a cirurgia metabólica, melhora significativamente os índices de glicemia, evitando, assim, as doenças associadas ao Diabetes, como doenças renais e cardiovasculares.
Mas é bom reforçar que: perda de peso sempre resulta em melhor qualidade de vida!

Serei submetido a cirurgia bariátrica e metabólica. Após o processo cirurgico, poderei comer normalmente?

Sim, após o procedimente, você poderá comer normalmente. Durante a primeira semana do pós-operatório, a dieta é liquida; a partir da segunda semana, na transição para a teerceira semana, a dieta é mais pastosa e consistente; e na terceira para a quarta semana, comida normal. Alémd isso, a partir da terceira semana, já estão liberadas atividades físicas. Mas o que acontece com o indivíduo pós-cirurgia? A cirurgia promove alterações fisiológicas de diminuição da fome e aumento da saciedade por mecanismos fisiológicos  hormonais. Não há restrição. Não há uma má absorção como mecanismos de ação da cirurgia. A cirurgia funciona da interação hormomnal entre hormônios intestinais e o cérebro. A "mágica" é fisiológica.

Tenho diabetes e obesidade. Será que tenho indicação cirúrgica para diminuir o meu diabetes?

Quando falamos de diabetes e obesidade juntas, chamamos de diabesidade. São doenças crônocas e progressivas que, primeiramente, requerem o melhor tratamento clínico, com a administração dos novos medicamentos que já estão disponíveis no mercado, associada à mudança de estilo de vida, com controle dietético e atividade física. Quando esse melhor tratamento clínico não temuma resposta ideal, os pacientes com índice de massa corpórea (IMC) maior que 30, com diabetes não controlável com o melhor tratamento clínico disponível, a cirurgia pode ser uma importante opção. Porém, vamos buscar uma remissão total da doença a longo prazo, com o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, com dieta adequada, prática de atividade física e, às vezes, até a manutenção da medicação, pois o nosso objetivo ao tratar o diabetes é prevenir lesões renais, que levam à dialise e transplantes, cegueira, amputações e eventos cardiovasculares. 

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